O governo de Bolsonaro vem se mostrando mais uma colcha de retalhos entre corporações conservadoras e grupos exóticos de direita do que uma união política de direita clássica.
👉 As principais corporações são:
As Forças Armadas representada pelo Vice Presidente Mourão e pelos generais no governo. Influenciam o governo como um todo.
O Judiciário representado pelo ex-juiz Sergio Moro e membros da Lava Jato. Controlam o Ministério da Justiça.
Os Neoliberais do Mercado e empresários representado por Paulo Guedes e seus aliados. Controlam os ministérios ligados a formulação da economia do governo.
Os líderes de igrejas evangélicas conservadoras. Formam a base do governo na Câmara e na sociedade.
👉 Os principais grupos de direita exóticos são:
Os Olavistas, defensores de uma agenda ultraliberal pró Estados Unidos e contra o chamado comunismo globalista anti cristão. Sua força se encontra no Ministério da Educação.
Os apoiadores do MBL, uma direita composta por muitos jovens formadores de opinião na internet que se diz conservadora nos costumes e liberal na economia. Aparentemente é o grupo com menos influência dentro do governo.
Bolsonaro e sua família. Vem mostrando uma forma própria de ver e fazer política, principalmente pela internet e em outros assuntos do governo como economia, relações internacionais e etc.
👉 Esses grupos entram em choque direto pelo poder com:
A direita institucional. Essa é a direita que sempre esteve no poder, são juízes, empresários, banqueiros, formadores de opinião e políticos que são menos radicais que a nova direita, variando entre centro direita, direita clássica, e neoliberal.
Essa direita tradicional é representada por PSDB, PMDB (MDB AGORA), DEMOCRATAS (DEM), e outros partidos de direita que sempre estiveram ai. Eles são a base mais forte do governo e sem eles não é possível aprovar nada no Congresso.
👉 As corporações e os exóticos entram em conflito entre si pelo poder:
Diferente da direita clássica e institucionalizada, as corporações e os exóticos são grupos de direita muito distintos e com projetos de poder próprios.
Se uniram para chegarem ao poder, mas se dividiram ao não conseguir repartir o butim de maneira a satisfazer a fome de cada um deles. O que resulta nos conflitos que acompanhamos na mídia.
Olavistas atacam militares pelo direcionamento ideológico do governo. Os militares atacam olavistas e pressionam Bolsonaro e sua família pelo mesmo motivo.
Os neoliberais lutam com os militares para implementar uma reforma da previdência ampla e radical. O que vai contra o interesse das corporações e da direita institucional, pois eles não querem perder seus privilégios (corporações) e muito menos aprovar algo tão impopular que impeça a sua reeleição (partidos)
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